– Me bate e me fode com vontade, não sou a sua namorada.

Foi o que ela me disse quando baixei as calças. Mas isso já é a parte boa. Vocês não fazem ideia de tudo o que aconteceu antes disso.

Aceito a ideia de que os opostos se atraem, principalmente em relacionamentos. Duas pessoas exatamente iguais, por mais que isso contribua para uma boa parceria, sei lá, tem cheiro de monotonia no futuro. Uma hora vai cansar, é como namorar consigo mesmo. Casais podem e devem compartilhar interesses iguais, mas é a diferença que atrai.

Feito o prelúdio, tudo começou há alguns meses. Sou confessadamente tarado. Penso em sexo quase o tempo todo. Se começo a fantasiar e imaginar demais já fico excitado. Quando não transo, bato punheta, nem que seja só para aliviar a tensão. Gozar é mais do que sentir prazer, é terapêutico. Já bati punheta com sono só para descarregar e dormir bem.

É por isso que os piores dias do mês, nos últimos três anos, são sempre os que a minha namorada está de TPM. Ela perde totalmente o apetite sexual, a ponto de não ter interesse nem em dar beijos e até fica fisicamente distante. Pouco nos tocamos durante esse período. Claro, ela não tem uma repulsa obsessiva, do tipo se eu chegar perto ela vai simplesmente me dar um soco e dizer que está com nojo de mim. Não, é somente um desinteresse, e ela sempre é taxativa ao dizer não, mesmo que eu insista e peça nem que seja um boquete para me satisfazer. Daí, junta isso com toda uma mudança drástica de humor e o já natural gênio forte dela. É pesada a coisa.

Foi numa dessas fases de TPM. Eu estava passando um tempo em sua casa, já que seus pais estavam fazendo uma pequena excursão pelo país e ficariam duas semanas fora. Sua irmã também viajara no começo da semana e voltaria somente no domingo. Meu expediente no trabalho era até às 20h, e Jéssica, minha namorada, tinha aula na faculdade até às 23h nas sextas-feiras. Eu matava o tempo na casa dela para mais tarde ir buscá-la.

Bem, é aquela coisa. Quase uma semana sem transar, a seca torturando e eu me sustentando à base de punheta. Cheguei na casa dela tranquilo, fiz alguma coisa para comer e me sentei no sofá da sala para assistir televisão. Óbvio que dali um tempo comecei a pensar em sexo. E óbvio que eu fiquei muito excitado. Começou quando apareceu a garota do tempo no telejornal, estava usando um vestido justo até os joelhos. Isso me bastou. Coloquei a mão dentro das calças ali mesmo e comecei a me tocar de leve. Não deu meio minuto meu pau já estava duro feito pedra.

Gosto de imaginar enquanto toco uma, mas prefiro uma coisa mais visual. Quando já estava louco, corri para o quarto da Jéssica para usar o seu computador. Normalmente eu acessava sites aleatórios de putaria para primeiro me excitar e depois usava coisas mais específicas, como fotos e vídeos que eu tinha de amigas ou conhecidas. Pulei tudo isso por já estar a ponto de bala. Por mais que gostasse de ver outras mulheres e de imaginá-las dando para mim, na punheta eu era meio que um tarado fiel. Sempre acabava me masturbando com fotos e vídeos que tinha da Jéssica, porque, falando sério, minha namorada é muito bonita e gostosa. Uma loira de academia. Nada musculosa, mas toda durinha, peitos firmes de silicone na medida certa, olhos verdes e expressões faciais finas.

Estava um calor dos infernos. Liguei o ar condicionado, tirei toda a roupa, acessei meu drive e comecei a tocar uma. Rodei diversas fotos e vídeos até parar num que gravamos da primeira vez que fizemos anal. Era sensacional poder ver na tela aquele rabo grande de quatro para mim, ainda mais com marquinha suave de biquíni. Mas o que mais me excitava era ouvi-la pedindo para ir com cuidado, ou que eu parasse de empurrar porque estava doendo. Esse quê de profanação me deixava louco pra caralho. Podia relembrar a sensação que o seu cu apertadinho me proporcionou naquele dia, principalmente quando consegui enfiar meu pau por inteiro e lá fiquei, sem mexer, até que ela se acostumasse com a dor.

Foder a Jéssica ou assistir aos vídeos dela é uma missão complicada. Eu dificilmente aguento muito. Mas não chega a ser ejaculação precoce. Não deu muito tempo até eu sentir que ia gozar. Não estava usando camisinha e nem queria correr até o banheiro com o pau duro na mão. Segurar a ejaculação até chegar lá me cortaria muito prazer. Resolvi gozar ali mesmo. Fiquei de pé, em frente ao computador, batendo rápido até me acabar. Afastei-me um pouco para não acertar o móvel. O chão era o limite.

Meu gozo era forte. O jato parecia um tiro, saía rápido e longe. Eu adorava, sentia que era uma qualidade que eu tinha. Essa história toda que eu quero contar começou quando meu pau estava cuspindo o terceiro jato de porra. Minha concentração era tanta no monitor que eu não tive percepção de nada ao meu redor, o que dirá com o que acontecia fora do quarto. Eis que a porta abre num solavanco, tão rápida e violenta quanto meu gozo.

Meu cérebro já estava anestesiado pelo prazer. Não tive uma reação de defesa, do tipo esconder o pau, ou me esconder por inteiro atrás da cadeira, ou ainda correr para colocar a roupa, claro sem antes desligar o monitor. O primeiro pensamento débil que me veio à cabeça foi imaginar que era a Jéssica chegando mais cedo em casa. Não era.

Era Marília, sua irmã mais nova. Quando paro para lembrar, tenho certeza de que ela conseguiu visualizar com perfeição o terceiro jato de porra saindo do meu pau, pois a porta ficava logo ao meu lado. Eu não estava longe, escondido num canto, ou de costas. Eu estava de perfil, a porta ao meu lado esquerdo e eu era destro. Não tinha nada que a impedisse de ver com nitidez o meu pau se acabando em gozo.

Naquela fração de segundo em que virei o rosto e percebi quem era, corri para detrás da cadeira. A reação dela foi uma mescla de risada, de quem achava engraçado, com um tom de surpresa, afinal, tinha um cara batendo punheta no quarto de sua irmã. Ser cunhado não diminuía em nada o fato.

Ela fechou a porta, envergonhada pelo que viu? Ou colocou as mãos no rosto? Ou saiu correndo? Não, ela ficou olhando e nitidamente se divertindo com um sorriso largo no rosto. Apoiou-se na quina da porta e começou a rir, chegando a arquear o corpo para baixo. Eu fiquei com cara de taxo, apavorado, coração acelerado e o pau duro espremido na cadeira. Depois de muito rir, ela me perguntou o que eu estava fazendo. Mas é óbvio que foi uma pergunta simplesmente pra saber o que eu tinha a dizer sobre aquela cena toda.

– Não era para você estar viajando? - Perguntei, ainda aflito.
– Antecipei – respondeu-me com tranquilidade e bom humor. - Vim pegar um vestido da Jéssica, e daí me deparo com isso – voltou a rir.

E pior é que me esqueci de desligar o monitor. O vídeo estava rodando, e em meio ao nosso curto diálogo, pudemos ouvir um gemido da Jéssica. Não tinha como ficar mais constrangedor. Para a minha surpresa, ela não se encabulou e entrou no quarto. Caminhou em direção ao computador para assistir ao vídeo. “É a Jéssica?”, perguntou no mesmo tom de quem perguntava se ia chover. Respondi que sim e tratei de desligar a imagem. Mas o áudio dela gemendo continuou ressoando nas caixas de som, e essa trapalhada toda arrancou mais risadas de Marília. Tratei de desligar as caixas logo em seguida, tudo sem arredar o pé detrás da cadeira. Minhas roupas estavam atiradas na cama, longe.

– Você sabe que a sua irmã odeia que pegue as coisas dela. Não era nem para você entrar nesse quarto.

As duas não tinham uma relação muito boa. Havia dias de paz, mas a maior parte do tempo era de intrigas e brigas casuais, às vezes chegando a conflitos mais sérios. As duas travavam uma grande disputa de egos. Acredito que o tratamento familiar justificava parte da relação entre elas. Jéssica era a mais velha, um pouco mimada, orgulho da família nos estudos e no futuro profissional. Marília sempre tivera as mesmas oportunidades, mas tinha um gênio mais rebelde com os pais, o que com o tempo a tornou uma espécie de ovelha desgarrada que merecia fiscalização em tempo integral para não fazer merda. Só que ela não fazia merda, era apenas uma menina que não aceitava que lhe dissessem o que fazer. E acreditem, seus pais eram do tipo que planejavam toda a vida do filho e exigiam que os mesmos seguissem à risca.

Marília não aceitava isso, Jéssica sim. Jéssica era o doce da família, Marília não. Ambas com gênio forte, Jéssica metida a boa filha e Marília metida a intransigente, dava a combinação perfeita para viverem em pé de guerra.

– Ela não precisa saber que estive aqui e peguei um dos milhares de vestidos que ela tem – disse ao caminhar em direção ao armário, indiferente aos meus alertas. – A não ser que se você me dedure – olhei para trás com um sorriso malicioso no rosto.
– Já disse que não me meto na relação de vocês duas.
– Bem que você faz.

Ela pegou o vestido e fechou o armário. Agradeci por ser tão rápida quanto entrara no quarto. Ao invés de pegar a direção da saída, veio até mim. Apoiou um dos joelhos na cadeira e descansou as mãos nos braços da mesma. Encarou-me por uns segundos com um olhar misterioso. Eu, apesar de ser vivido, maduro e confiante, estava incerto do que fazer.

– Me diz… – insinuou.
– O quê? – E eu seguia pelado e escondido, com o pau ainda duro.
– A Jéssica é tão boa de cama assim a ponto de você bater uma pensando nela?

Não respondi por não saber exatamente o que falar, afinal, eu estava pelado na frente da minha cunhada de 19 anos. E também não falei nada por saber que tudo partia do seu sentimento de disputa com a irmã mais velha. Apenas abri um sorriso de canto de boca para sinalizar que eu não pretendia ir muito longe com aquela conversa. Mas ela sim.

– Depois de três anos de namoro, você não prefere bater uma com coisas novas?
– Estou bem – tentei desconversar.
– Uma coisa mais nova – aproximou-se mais de mim, - tipo eu?

Cheguei a tossir. Numa nova tentativa de fugir, recuei uns passos e puxei a cadeira junto, fazendo com ela voltasse a ficar de pé.

– Não é nada engraçada essa brincadeira – tentei parecer sério, mas soou apenas atrapalhado. Ela riu.
– Mas quem disse que é brincadeira?
– Marília, por favor. Precisos me vestir.
– Duvida?
– Isso não existe.
– Vai me dizer que nunca bateu uma imaginando a sua cunhadinha?

Fiquei mudo por uns segundos para tentar enganar o mundo todo, porque sim, eu já havia imaginado centenas de vezes. Vendo que estava totalmente no comando, ela seguiu.

– Para que ficar imaginando se você pode ver como é de verdade? – Seu sorriso era venenoso e agressivo, porém delicado e inocente.
– Tá bom – ri, mas não deixei de imaginar, e isso manteve meu pau duro.
– Duvida? – Voltou a se aproximar da cadeira. – Vamos, diz que duvida.

Ela não ia sossegar de graça, ainda mais por estar se divertindo. Comecei a pensar até onde ia a sua coragem, a ponto de imaginá-la tirando a roupa ali mesmo. Loucura, jamais aconteceria. Mas me pareceu excitante. Dei a ela o que ela queria.

– Duvido.

Ela abriu outro dos seus sorrisos maliciosos e levou a mão à parte detrás da calça. Por um segundo imaginei que fosse baixa-la, mas era somente para pegar o celular.

– Tenho algumas fotos minhas aqui. São bem bonitas, modéstia à parte. Vou te mandar, daí você escolhe qual a melhor para bater uma.
– Claro – ri do seu blefe.
– Duvida? – Observei seus dedos mexendo pela tela do celular. Em seguida, voltou a guarda-lo no bolso. – Enviei.
– Deve ter enviado fotos do negão da piroca – tentei brincar para disfarçar o tom de esperança sexual nos meus olhos.
– Olha o seu celular depois, então. Vou ficar de olho para ver se você visualizou a mensagem. E não esquece de me dizer se gostou do que viu – disse-me ao piscar o olho.

Por fim, afastou-se da cadeira e caminhou em direção à porta. Antes de fechar a porta, voltou-se para trás uma vez mais, abriu outro sorriso maliciosos e disse-me:

– Bonito pau. Adorei o tamanho e a quantidade de porra que sai dele. Vou imaginar mil coisas, mas se você for um bom cunhadinho, não vai me deixar imaginando pra sempre. Vou esperar que retribua as fotinhos que te mandei.

Piscou uma última vez e fechou a porta. Uma infinidade de coisas invadiu minha cabeça, mas a que mais bateu forte foi a inquietante vontade de conferir o celular. Corri para a cama, peguei minhas calças e tirei o aparelho do bolso. Na lista de conversas do Whatsapp, lá estava o nome dela com um número indicando 5 mensagens não lidas. Se eu abrisse, ela saberia que eu visualizara, pois não tinha a função desabilitada no celular. A dúvida pairou sobre mim. De um lado, o fetiche e o tesão pela irmã mais nova da minha namorada. De outro lado, o fato de que era a irmã mais nova da minha namorada, até pouco tempo atrás uma menor de idade.

Entre ver ou não as fotos, uma coisa vocês precisam saber. Marília não me mandara as fotos do nada, como em um filme pornô onde tudo é fácil e a putaria acontece em qualquer lugar. Tínhamos uma história que era segredo de estado, somente nós sabíamos. E essa história era de antes mesmo de eu namorar com a Jéssica. Eu conhecia Marília muito antes disso e ninguém da família sabia. Imagina se iriam saber de como nos conhecemos e o que acontecera na época.

Interessados em saber mais?